
A pesquisa, publicada na versão brasileira do periódico British Medical Journal (BMJ Brasil),
foi resultado de uma metanálise realizada em conjunto pela Universidade
de Cambridge, no Reino Unido, Fundação Universitária de Ciências de
Saúde e pela Pontifícia Universidade Javeriana, na Colômbia.
De
acordo com os autores, que analisaram os dados colhidos com quase 115
mil participantes de 13 estudos diferentes – com tempo de duração entre
oito e 16 anos –, o chocolate pode influenciar positivamente na saúde do
coração.
“Ao combinar as medidas de associação coletadas,
observamos que o alto consumo de chocolate estava associado a uma
diminuição de aproximadamente um terço no risco de distúrbios
cardiometabólicos – 37% no caso de qualquer doença cardiovascular e 29%
no caso de AVC”, dizem os autores, liderados por Adriana Buitrago-Lopez.
Entretanto,
observam os pesquisadores, não foi observada associação significativa
em relação à insuficiência cardíaca e os dados relativos à diabetes
(considerada um problema cardiometabólico) não foram suficientes para
determinar ou não uma diminuição do risco de morte.
Efeitos anti-inflamatórios
“Acredita-se
que o cacau e o chocolate tenham efeitos anti-hipertensivos,
anti-inflamatórios, antiaterogênicos e antitrombóticos”, apontam os
pesquisadores. “O consumo aumentado de chocolate está significativamente
associado a uma redução no risco de doença cardiovascular”, completam.
Mas
apesar da boa notícia, Buitrago-Lopez e sua equipe apontam que é
necessário mais pesquisas para determinar o mecanismo que leva a esse
efeito protetor do chocolate na saúde coronariana.
“As informações
disponíveis eram limitadas, havendo heterogeneidade substancial entre
os estudos (diferença entre os tipos de chocolate usados para os
testes), o que indica a necessidade de mais pesquisas, relatos mais
detalhados sobre o nível de consumo de chocolate e a corroboração de
achados observacionais com estudos experimentais”, finalizam.
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